Um homem caminha na noite quente de verão. Está
sozinho.
Um senhor o chama para entrar em um casarão de esquina.
- Como vai?
- Indo.
- Anda por aí sozinho... Não tem medo de ser assaltado.
- Assaltam um morto?
- Hoje em dia são capazes de tudo. Acredito que nem sabem diferenciar os mortos dos vivos.
- E você está vivo ou morto?
- Não sei ao certo, há momentos que me sinto vivo e outros, morto. Venha comer, a mesa está posta.
***
- Coisas deliciosas. Os sabores me lembram de quando era alguém.
- Comigo acontece o mesmo. Antigamente, esta casa vivia cheia de gente.
- Quem é você? O que quer de mim?
- Sou o que sinto e não quero nada de você, só sua companhia.
- É tão difícil acreditar, pois sempre alguém quis algo de mim.
- Mas, não quero nada. Coma... Veja tevê....
- Quero tomar um banho.
- Sim. Dou-lhe roupa limpa.
- Não precisa.
- Não tenha medo de aceitar.
***
A água fresca percorre seu corpo suado e empoeirado. Não pensou mais, entrou no terreno dos sentidos. Se tivesse que pagar um preço caro por esse intervalo, não iria reclamar.
***
- Quer dormir?
- Como?
- Tem um quarto sobrando.
- Não sei.
- Não tenha medo.
- Está bem.
***
Um senhor o chama para entrar em um casarão de esquina.
- Como vai?
- Indo.
- Anda por aí sozinho... Não tem medo de ser assaltado.
- Assaltam um morto?
- Hoje em dia são capazes de tudo. Acredito que nem sabem diferenciar os mortos dos vivos.
- E você está vivo ou morto?
- Não sei ao certo, há momentos que me sinto vivo e outros, morto. Venha comer, a mesa está posta.
***
- Coisas deliciosas. Os sabores me lembram de quando era alguém.
- Comigo acontece o mesmo. Antigamente, esta casa vivia cheia de gente.
- Quem é você? O que quer de mim?
- Sou o que sinto e não quero nada de você, só sua companhia.
- É tão difícil acreditar, pois sempre alguém quis algo de mim.
- Mas, não quero nada. Coma... Veja tevê....
- Quero tomar um banho.
- Sim. Dou-lhe roupa limpa.
- Não precisa.
- Não tenha medo de aceitar.
***
A água fresca percorre seu corpo suado e empoeirado. Não pensou mais, entrou no terreno dos sentidos. Se tivesse que pagar um preço caro por esse intervalo, não iria reclamar.
***
- Quer dormir?
- Como?
- Tem um quarto sobrando.
- Não sei.
- Não tenha medo.
- Está bem.
***
O sol invadiu seus olhos. Encontrou ao seu
lado, uma mochila de roupas e um dinheiro no bolso da frente.
Foi embora atônito, pois não sabia o que
fazer. Nunca experimentou tanta generosidade. Sentiu-se num conto surreal.
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